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PERCURSO DA LADEIRA DOS MOINHOS

ONDE A RURALIDADE, A NATUREZA, E O HOMEM SE COMBINAM

  1. Freguesia:
    São Roque
  2. Localização :
    São Roque
  3. Moinhos de água, ribeira e eira
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ONDE A RURALIDADE,

A NATUREZA

E O HOMEM SE COMBINAM…

 

O “Percurso Pedestre da Ladeira dos Moinhos” é um percurso excelente, quer pelas suas marcas de ruralidade, quer pelo património cultural, ambiental e paisagístico existente na freguesia de São Roque.

Iniciando o percurso, junto à Igreja Matriz (séc. XVIII) (Ponto 1), siga até ao Largo da Baía de São Roque e lance um olhar de norte a sul sobre a freguesia, deslumbrando-se com a paisagem e a simplicidade natural de um viver rural.

 

Atravessando a ponte de pedra de união das águas da Ribeira Seca e Ribeira de Dentro, suba por um curto caminho de asfalto, à direita, até à Ladeira dos Moinhos (Ponto 2). Ao longo da ladeira, pavimentada, pode observar um núcleo de cinco moinhos de água ou moinhos de rodízio desativados, com um sistema de levadas que liga os moinhos entre si e à Ribeira Seca.

 

Autênticas relíquias de antigos sistemas de moagem de milho e trigo da freguesia, transcrevendo a azáfama de outros tempos no local, onde, neste momento, nada se passa, mas sempre muito atrativas e rodeadas de abundante vegetação. Apenas o moinho junto à Estrada Regional, “Moinho da Paciência”, está recuperado, oferecendo uma melhor perceção do seu sistema de funcionamento.

 

Chegando à Estrada Regional, siga em frente, junto ao Tanque de Água da Baleia, grande cisterna de armazenamento de água, anteriormente necessária para a laboração da indústria baleeira no início do séc. XX, hoje utilizada pelos agricultores locais.

 

Prosseguindo o trilho, por entre campos de cultivo bordeando as margens da Ribeira Seca, aprecie a ruralidade marcada pelos ciclos da terra e as atividades agrícolas locais, consoante a época do ano.

 

Ao chegar à estrada municipal, siga em frente e desfrute da magnífica vista panorâmica da Eira (Ponto 3), outrora local onde os cereais eram secos e separados da palha – um espaço onde renascem as tradições esquecidas de convívio das populações, após a realização das atividades agrícolas.

 

Retomando o percurso, suba pelo antigo caminho de acesso às pastagens de média altitude, denominado “Caminho do Engenho” (Ponto 4). Chegando à estrada da Meia Encosta (Ponto5), vire à direita, percorrendo cerca de 700 metros e desfrute da paisagem verdejante retalhada pelos seus muros de pedra solta, em pastagens e campos de cultivo repletos de histórias.

Descendo pelo serpentear da Ribeira da Laje, encontrará o sexto e último moinho de água (Ponto 6) da freguesia, onde o lugar convida a uma viagem na nossa identidade cultural. Alcançando a estrada de asfalto, faça um pequeno desvio à esquerda e continue o serpentear da ribeira até à Estrada Regional. Atravesse a estrada e siga em frente por um estreito carreiro que o levará ao lugar da Barrela.

 

Prosseguindo o trilho por entre pastagens predominantes nas margens da Ribeira da Laje e da Ribeira Seca, que ao longo do percurso se cruzam, em diversos pontos, envolve-se numa paisagem verdejante ocupada particularmente por espécies arbóreas, com maior expressão e dispersão por todo o território, realçando-se o incenso, a acácia e o pau-branco. Encontram-se exemplares do louro-da-terra, urze, faia-da-terra, pinheiro-bravo e araçá-amarelo.

Finalizando o percurso aproveite para desfrutar da linda vista panorâmica sobre a baía de São Roque.

SISTEMA DE FUNCIONAMENTO

DOS MOINHOS DE ÁGUA OU

DE RODÍZIO

 

Os moinhos de água ou moinhos de rodízio constituem um foco de aproveitamento dos recursos hídricos, associado à satisfação de necessidades humanas ao longo do tempo, num dado espaço.

Trata-se de unidades de produção que permitem explicar as técnicas e as atividades humanas relacionadas com a transformação de cereais (trigo e milho) e a produção de farinha.

A localização destas edificações em relação ao caudal de água é importantíssima para o sistema técnico de produção.

A água é o elemento por excelência, gerando a força motora que faz mover a engrenagem do moinho.

Na parede do moinho ao nível do solo, uma abertura deixa entrar a água, cuja força faz mover uma roda externa horizontal. Esta roda de madeira (rodízio), com várias pás, era acionada pela força da água que corria ao longo da ribeira pelas levadas (um canal), sendo controlada pelo utilizador através das “comportas”.

A sua força descendente efetuava movimentos circulares na engrenagem que, por sua vez, comunicavam através de um elemento vertical de madeira, às pedras de moer. Estas pedras (mós) são de basalto, circulares e deitadas, sendo uma fixa, a inferior, e outra móvel, a superior rotativa, designadas por “pouso“ e “andeira“, respetivamente.

 

O movimento giratório da “pedra andeira“ sobre a “pedra pouso“ transformava o trigo e o milho, que ia caindo da “tremonha” ou “moega”, em farinha.

Estes moinhos eram usados somente no inverno, altura em que o caudal das ribeiras era abundante.

Segundo Francisco Medeiros e sua esposa, Maria Medeiros, os moinhos eram construções de utilidade doméstica, pertencendo a um, dois ou a três agricultores do local, para seu uso, tendo sido estipulado a cada família os dias e horas para a utilização da moagem.




  1. Extensão:
    3.4
  2. Duração Média:
    01:15:00
  3. Grau de Dificuldade:
    fácil
  4. Tipo de Caminho:
    Caminho de asfalto, terra e laje (ribeira)
  5. Declive:

  1. Quando Visitar
    Caminho de asfalto, terra e laje (ribeira)
  2. Homologado
    Sim
  3. Sinalizado
    Sim
  4. Interesse Natural
    Baías de calhau rolado, arco de formação basáltica e piscina natural
  5. Proprietários
    Caminhos Públicos e Privados
  6. Entidade Responsável
    Câmara Municipal de São Roque do Pico